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Escrita Assêmica

Escrita assêmica é uma forma de arte híbrida que funde texto e imagem em uma só unidade
e a liberta para interpretações subjetivas arbitrárias.

"Assêmico", vem de "seme", que é a menor unidade de um significado semântico.
O vazio, propagado pelo desprendimento da significação, dá ao leitor a possibilidade
de interpretar, tornando-se cocriador do texto assêmico.

A natureza da própria escrita é propagada pelas marcas no papel, capturadas através de dispositivos internos e externos que atravessam o corpo que escreve.
 Isso quer dizer que sentimentos ainda sem nome têm por onde correr, no papel, na pintura, no som ou no corpo. 

Laboratórios das múltiplas caligrafias

A Escrita Assêmica é uma vertente extremamente nova, criada na década de 90 e ainda em viés de reconhecimento no Brasil, já que poucos profissionais utilizam suas ferramentas. Cunhada por Tim Gaze e Jim Lefwich, a proposta da prática é encontrar o lugar da escrita à mão nos dias atuais, tendo em vista o avanço tecnológico. Auxiliada pela pesquisa de artistas como Ana Hatherly, Mira Schendel, Mirtha Dermisache e Rosaire Appel, a metodologia que desenvolvo compreende a escrita através de seu mais amplo campo de atuação, onde todas as linhas podem compor a escrita.

 

As práticas oferecem técnicas interdisciplinares com ferramentas que as enevoam fronteiras entre artes visuais, música e escrita, alinhadas a minha formação em Psicanálise Clínica. Os exercícios apresentam melhorias nos relacionamentos em grupo de diversas faixas etárias.

 

Os encontros, pautados em discussões teóricas e filosóficas abordam conceitos contemporâneos, propondo o deslocamento prático do saber, abrindo espaço para que a emoção componha a criatividade no ponto inicial do desenvolvimento artístico.

 

A pesquisa é amparada por noções poéticas de Clarice Lispector, Virgínia Wolf e James Joyce, por inspirações musicais de Delia Derbyshire, Fernando Von Reichenbach, Hermeto Pascoal, John Cage, Murray Schaffer e Budhaditya Chattopadhyay, visuais de Guga Szabson, Mira Schendel, Ana Hatherly, Cui Fei, Roberta Boffo, Ken’ichiro Taniguchi, entre muitos outros, e por aparatos teóricos sobre a comunicação em Roland Barthes, Jacques Derridá e Vilém Flusser.

Tragetória da pesquisa

2015

Início das práticas
e pesquisa

Durante a formação em Bacharel em Artes Visuais (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, 2017) encontrei o grupo Asemic Writing: the new post-literate. A partir daí entrei em contato com artistas de todas as partes do mundo, e começamos a informações e conceitos acerca da pesquisa.

2019 até o momento

Desenvolvimento de práticas em grupo particulares

Em 2019, durante minha pós-graduação em Psicanálise Clínica, lecionei para aulas de arte, focada na pesquisa sobre a linguagem para crianças de 2 - 16 anos, quando as técnicas e metodologias começaram a ser aplicadas, e seguem em desenvolvimento, com turmas mistas de diversas faixas etárias. 

2020-2021

Aplicações práticas
com incentivo de
Leis Culturais

Em 2021 pude aplicar as oficinas em projetos contemplados pela Lei Aldir Blanc 14.017/20: durante a Residência Artística Lab Corpo Palavra: coreografias e dramaturgias cartográficas, (dir. Aline Bernard / ass. dir. Lia Petrelli), articulei uma breve vivência da metodologia; como oficineira, facilitei dois encontros do "Silêncio, ruído: introdução à escrita assêmica" na Semana de Oficinas da Poça, fomentada pelo Edital de Formação - Diversidades das Culturas, da Fundação Marcopolo. A pesquisa foi apresentada na Mesa 10 de comunicações na I Jornada Internacional de Poesia Visual, promovida pela Casa das Rosas, USP e UNESP.

2022

Aplicações práticas e
palestras em 
centros culturais 

Em 2022 a pesquisa passou a ter apoio do Centre for Applied Human Rights (CAHR), da Universidade de York, dentro do grupo Art Humans Right, através do projeto [R]existências Plurais, articulado junto ao coletivo AmericanaZine. A oficina "Escrever Sem Ver" fez parte do Circuito FestA!, do SESC São José dos Campos; aplicada no Módulo II - Experimentações da Palavra, no Laboratório de Publicações Independentes (LAPI) do SESC Sorocaba; apresentei duas palestras interativas para alunos do 2º e 3º ano do ensino médio, na Semana de Artes do Colégio Vocacional Radial. 

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